Nesse mesmo período, o campo modernista estava repleto de controvérsias religiosas. Enquanto o Papa São Pio X perseguia o erro dentro da Igreja Católica, condenando firmemente a heresia do modernismo em sua encíclica Pascendi de 1907, Gilbert Chesterton e outros escritores anglo-católicos também refutavam os teólogos protestantes modernistas que negavam a historicidade dos milagres de Cristo ou que adulteraram o dogma cristão em geral. Assim, não foi apenas o acaso ou a curiosidade que fez Chesterton ficar atento às ações do Santo Romano Pontífice, a quem muito admirava por sua profunda simplicidade e bom senso camponês. Ele ainda estava longe de cruzar o limiar da Igreja Católica e provocar os raios que os ingleses reservavam para aqueles que se tornavam pavorosos “papistas”. No entanto, seu espírito vivo buscava consistência lógica no domínio religioso. Dentro de si ele já se perguntava qual entidade era a real e única Igreja de Cristo, como ele mesmo admitiu ao proferir uma palestra em Cambridge em 1911.
Golonka, Wojciech. Protestantism as Seen by G. K. Chesterton: Decay, Transmutation and Fossilization. Warsaw, Dereggio, 2018, p. 16.
0 Comentários